terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Introdução ao Antigo Egito


No nordeste da África, encontra-se o Egito a pátria da mais antiga civilização do mundo. Há três, quatro, até mesmo 5 mil anos atrás, quando na Europa central os bárbaros vestidos com indelicadas peles e se encontravam em cavernas, o Egito já possuía alta organização social, agricultura,  artes e literatura. Mas principalmente ele executava gigantes trabalhos engenhosos e construíram monumentos colossais, cujos restos despertam admiração dos especialistas contemporâneos.
A história do Antigo Egito estava perdida. Podíamos visitar as pirâmides, os grandes templos; mas sua história era desconhecida. Em 1822 o francês Champollion (estudioso da história egípcia) teve conhecimento da “Pedra de Roseta” com três escritas: Hieróglifos, Demótico e Grego Antigo. Com isso Champollion conseguiu decifrar as escritas egípcias e a fascinante história deste povo pôde ser conhecida.
No aspecto religioso, acreditavam em vários deuses, que tinham forma humana e animal a o mesmo tempo, por isso dizemos que eles eram antropozoomórficos. Os principais deuses egípcios eram: Osíris, o deus da agricultura e do Nilo, Ptah deusa dos artesãos, Bast deusa do lar, Seth, o deus da destruição e Rá o deus do reino, que estavam na maioria ligados à natureza e ao Nilo. E acreditavam que após a morte a alma saia do corpo, mas que um dia iria voltar e por isso criaram o processo de mumificação e guardaram grandes tesouros nas tumbas. Para ajudar a alma a encontrar o seu corpo eles faziam o sarcófago (caixão egípcio) com a aparência do morto e escreviam histórias sobre ele nas paredes. Os egípcios mumificavam também animais, principalmente os gatos, que eram oferecidos a deusa gata Basth.
A economia era controlada pelo estado. O faraó centralizava a produção econômica entorno de si. O historiador Heródoto escreveu que “o Egito é uma dádiva do Nilo”. Sem o Rio Nilo o Egito não existiria. Graças ao Nilo, os egípcios puderam desenvolver sua agricultura entre os desertos da Líbia e da Arábia. As principais colheitas eram de trigo e cevada. Durante o mês de julho, as águas começavam a subir, enquanto isso o povo tinha pouco a fazer, por isso trabalhavam para o faraó, ajudando nas construções, em novembro as águas já haviam baixado então começava todo o trabalho pesado, as terras eram aradas, plantavam as sementes e pouco a pouco a água preenchia os canais de irrigação, a medida que o trigo e as outras plantações iam crescendo, cresciam também as ervas daninhas e vinham os cobradores de impostos que usavam cordas de medição para determinar o imposto de cada camponês. Em março era feita a colheita, os burros transportavam os cereais para o celeiro, o gado passava sobre o trigo para liberar o grão da casca e as mulheres atiravam o grão ao ar para separar a casca. 
Autora: Bruna Martins

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